quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Ordinário da Santa Missa - São Pio V





PREPARAÇÃO

Orações ao pé do altar

De pé, diante dos degraus do altar, o celebrante começa a Missa, fazendo o sinal da cruz
(X):
Em nome do Pai, X e do Filho, e do Espírito. Amém.
In nómine Patris, X et Filii, et Spiritus Sancti. Amén.
Subirei ao altar de Deus.
Introibo ad altare Dei.
R. Do Deus que alegra a minha juventude.
R. Ad Deum qui lætificat juventutem meam.

Salmo 42 (este salmo omite-se nas Missas de Defuntos e do Tempo da Paixão)
Julga-me, ó Deus, e separa a minha causa duma gente não santa. Livra-me do homem iníquo e enganador.
Judica me, Deus, et discerne causam meam de gente non sancta: ab homine iniquo et doloso erue me.
R. Tu que és, ó Deus, a minha fortaleza, porque me repeliste? E porque hei-de eu andar triste, enquanto me aflige o inimigo?
R. Quia tu es, Deus, fortitudo mea: quare me repulisti, et quare tristis incedo, dum affligit me inimicus?
Envia a Tua luz e a Tua verdade; estas me conduzirão e me levarão ao Teu santo monte e aos Teus tabernáculos.
Emitte lucem tuam et veritatem tuam: ipsa me deduxerunt et adduxerunt in montem sanctum tuum, et in tabernacula tua.
R. E aproximar-me-ei do altar de Deus, do Deus que alegra a minha mocidade.
R. Et introibo ad altare Dei: ad Deum qui lætificat juventutem meam.
Ó Deus, Deus meu, eu Te louvarei com a cítara. Por que estás triste, minha alma? E por que me inquietas?
Confitebor tibi in cithara Deus, Deus meus: quare tristis es anima mea, et quare conturbas me?
R. Espera em Deus, porque eu ainda O hei-de louvar, a Ele que é a minha salvação e o meu Deus.
R. Spera in Deo, quoniam adhuc confitebor illi: salutare vultus mei, et Deus meus
Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo.
Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto.
R. Assim como era no princípio, seja agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.
R. Sicut erat in principo, et nunc, et semper: et in sæcula sæculorum.Amen.
Subirei ao Altar de Deus.
Introibo ad altare Dei.
R. Do Deus que alegra a minha juventude.
R. Ad Deum qui lætificat juventutem meam.
O nosso X auxílio está no nome do Senhor. 
Adjutorium X nostrum in nomine Domine.
R. Que fez o Céu e a Terra.
R. Qui fecit caelum et terram.

Com grande desejo de se purificar, o Celebrante primeiramente, antes de se aproximar do altar, e depois os fiéis, acusam-se diante de Deus e dos Santos dos pecados que cometeram e pedem a Deus misericórdia.
Eu me confesso a Deus etc.
Confiteor Deo omnipotenti, etc.
R. Que Deus onipotente se amerceie de ti, que te perdoe os pecados e te conduza à vida eterna.
R. Misereatur tui omnipotens Deus, et dimissis peccatis tuis, perducat te ad vitam æternam.
Amém.
Amen.
  
Os assistentes dizem o Confiteor:
Eu pecador me confesso a Deus todo-poderoso,à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado são Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado são João Batista, aos santos apóstolos são Pedro e são Paulo, a todos os Santos e a vós, Padre, porque pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, (bate-se por três vezes no peito) por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa. Portanto, rogo à bem-aventurada Virgem Maria, ao bem-aventurado são Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado são João Batista, aos santos apóstolos são Pedro e são Paulo, a todos os Santos e a vós, Padre, que rogueis a Deus Nosso Senhor por mim.
Confiteor Deo omnipotenti, beatæ Mariæ semper Virgini, beato Michæli Archangelo, beato Joanni Baptistæ, sanctis Apostolis Petro et Paulo, omnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccavi nimis cogitatione, verbo, et opere: percutiunt sibi pectus ter, dicentes: mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. Ideo precor beatam Mariam semper Virginem, beatum Michælem Archangelum, beatum Joannem Baptistam, sanctos Apostolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare pro me ad Dominum Deum nostrum.
Que Deus onipotente se compadeça de vós, que vos perdoe os pecados e vos conduza à vida eterna.
Misereatur vestri omnipotens Deus, et dimissis peccatis vestris, perducat vos ad vitam æternam.
R. Amém.
R. Amen.

O Celebrante pronuncia sobre si mesmo e sobre os fiéis a fórmula da absolvição:
Indulgência X absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso.
Indulgentiam X absolutionem, et remissionem peccatorum nostrorum, tribuat nobis omnipotens et misericors Dominus:
R. Amém.
R. Amen.

Inclinam-se todos para a recitação dos versículos seguintes:
Se Vos tornardes para nós, Senhor, dar-nos-ei a vida.
Deus, tu conversus vivificabis nos.
R. E o Vosso povo alegrar-se-á em Vós.
R. Et plebs tua lætabitur in te.
Mostrai-nos, Senhor, a Vossa misericórdia.
Ostende nobis Domine, misericordiam tuam.
R. E dai-nos a Vossa salvação.
R. Et salutare tuum da nobis.
Senhor, ouvi a minha oração.
Domine, exuadi orationem meam.
R. E fazei subir até Vós o meu clamor.
R. Et clamor meus ad te veniat.
O Senhor seja convosco.
Dominus vobiscum.
R. E com o vosso espírito.
R. Et cum spiritu tuo.

Ao subir ao altar, o Celebrante pede a Deus mais uma vez que o purifique de todos os pecados:
Oremos.
Lavai-nos, Senhor, de todo o pecado, a fim de merecermos penetrar de coração puro no Santo dos Santos. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém
Oremus.
Aufer a nobis, quæsumus, Domine, iniquitates nostras: ut ad Sancta sanctorum puris mereamur mentibus introire. Per Christum Dominum nostrum. Amen.

O celebrante, inclinado, diz a seguinte oração:
Nós vos suplicamos, Senhor, pelos méritos de vossos santos, (beijando o centro do altar) cujas relíquias aqui se encontram, e de todos os demais santos, vos digneis perdoar todos os nossos pecados. Amém.
Oramus te, Domine, per merita Sanctorum tuorum, quorum reliquiæ hic sunt, et omnium Sanctorum: ut indulgere digneris omnia peccata mea. Amen.


Incensação do altar

Nas Missas solenes o Celebrante deita incenso no turíbulo e benze-o ao mesmo tempo com as palavras seguintes : « 
Bendito sejas por Aquele em honra de Quem vais ser queimado. » Depois incensa o altar.



segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Orações do Padre ao se Paramentar.

O padre se paramenta a seguinte ordem:

Orações ao colocar:

O amito

Colocai, oh Senhor, o capacete da salvação sobre minha cabeça para que eu possa resistir ao demônio .












A alva
Fazei-me limpo, oh Senhor, e purificai meu coração, para que purificado no Sangue do Cordeiro, mereça gozar do premio eterno.












O cíngulo



Cinge-me, oh Senhor, com o cíngulo da pureza e extingue em mim o fogo da concupiscência para que a virtude da Constancia na castidade habite sempre no meu coração e assim, eu possa servir-Vos melhor.










O manipulo



Que eu mereça, oh Senhor, portar este manipulo de penitencia e dor para que, um dia, eu possa ser premiado pelo meu trabalho.











A estola



Restaurai em mim, a estola da imortalidade que perdi pelo pecado do meus primeiros pais, para que apesar de indigno de aproximar-me dos Vossos sagrados mistérios, eu possa alcançar a felicidade eterna.










A casula


Oh! Senhor, que desceste: “Meu jugo é suave e minha carga é leve”, concedei-me levá-lo de tal forma que mereça a Vossa graça. 






sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Participação na Santa Missa.

Participação na Santa Missa (rito gregoriano/tridentino)

Introdução

Vamos seguir o que disse o Papa Pio XII na Instrução sobre Música Sacra e Sagrada Liturgia, em 3 de setembro de 1958. Este é o último documento que tratou do assunto até o ano de 1962 e, portanto, é o referencial normativo para as celebrações no rito gregoriano.

1) Noções prévias

A Santa Missa pode ser:

a) Missa Papal (não é celebrada desde os anos 60 e seria muito difícil voltar a ser, pois muitas regras consuetudinárias se perderam e não há mais a corte papal que tinha um papel importante nesse tipo de celebração).

 
(paramentos do Papa Pio XII)

b) Missa Pontifical: é a Missa celebrada por um bispo. Esta pode ser:

»Solene: celebrada com canto e ministros sagrados.

»Rezada: sem canto e com a ajuda de dois sacerdotes capelães (mesmas normas de participação da Missa dialogada ou rezada por um padre).

c) Missa com canto: quando o sacerdote canta as partes que lhe são próprias. Subdivide-se em:

»Solene: quando o sacerdote é ajudado por um diácono e subdiácono.

»Cantada (ou de guardião - denominação antiga no nosso país): quando o sacerdote é ajudado só por acólitos.

d) Missa dialogada: quando os fiéis participam liturgicamente, ou seja, respondendo ao celebrante e rezando com ele o Glória, Credo, Sanctus e Agnus Dei.

e) Missa rezada: quando os fiéis participam em silêncio ou em comum por meio de orações e cânticos de piedade popular (extra-litúrgicos).

2) Princípios gerais sobre a participação dos fiéis

A natureza da Santa Missa exige que todos os presentes dela participem segundo seu modo próprio.

a) Esta participação deve ser, em primeiro lugar, interna, isto é, por meio da atenção piedosa da alma, exercitada pelos afetos do coração, pela qual os fiéis “se unam com o Sumo Sacerdote... e juntamente com Ele e por Ele ofereçam o sacrifício e unidos com Ele se ofereçam” (Pio XII, Mediator Dei).

b) Porém, a participação dos presentes torna-se plena se, à atenção interna, soma-se a participação externa, ou seja, manifestada por atos externos, como a posição do corpo, gestos rituais e, sobretudo, respostas, orações e cantos.

c) A participação ativa perfeita na Santa Missa se obtém pela participação sacramental.

d) Porém, como a participação consciente e ativa dos fiéis não pode ser obtida sem sua suficiente instrução, deve-se recordar o que manda o Concílio de Trento (Sess. 22, cap. 8): “Manda este Santo Sínodo que os Pastores e todos os que tem cargo de almas expliquem freqüentemente durante a celebração da Santa Missa [i.e., na homilia depois do Evangelho] algo dos textos da Missa e exponham algo sobre o mistério deste santíssimo Sacrifício, sobretudo nos domingos e festas”.

3) Participação dos fiéis nas missas com canto

 

Na Missa Solene a participação ativa dos fiéis pode se realizar em três graus:

a) Primeiro grau: quando todos os fiéis cantam as respsotas litúrgicas: Amen; Et cum spiritu tuoGloria Tibi, DomineHabemus ad DominumDignum et justum estSed libera nos a maloDeo gratias. Deve-se trabalhar para que em todos os lugares os fiéis sejam capazes de cantar essas respostas.

b) Segundo grau: quando todos os fiéis cantam as partes do Ordinário da Missa:KyrieGloriaCredoSanctus e Agnus Dei. Deve-se esforçar para que os fiéis saibam cantar partes da Missa com as melodias gregorianas mais simples.

c) Terceiro grau: quando todos os presentes estejam de tal modo exercitados no canto gregoriano que saibam cantar as partes do Próprio da Missa. Deve-se urgir essa participação plena sobretudo nas comunidades religiosas e seminários.

OBS: Concretamente, o terceiro grau, não existe, pois o coral é que acaba cantando.

Nos domingos e festas deve-se optar (optandum est) para que a Missa paroquial ou principal seja celebrada com canto.

Para as missas cantadas, aplicam-se as mesmas normas de participação das missas solenes.

Deve-se notar o seguinte nas missas com canto:

a) Durante a Consagração, deve cessar todo canto e, onde há o costume, também o som do órgão e de qualquer outro instrumento musical.

b) Terminada a Consagração, salvo que se tenha de cantar o Benedictussacrum suadetur silentium (deve-se guardar o sagrado silêncio) até o Pater Noster.

c) Quando o celebrante abençoa o povo no fim da Missa, não se deve tocar o órgão. O celebrante deve pronunciar as palavras da bênção de modo a ser entendido por todos os fiéis.

d) Não se responde às Orações ao Pé do Altar, pois o Introito é cantado nessa hora.

OBS: Na prática, existem variações consideradas legítimas a essas normas, como, por exemplo, o órgão ser tocado bem baixo, bem grave, durante a Consagração.

4) Participação dos fiéis nas missas rezadas

Deve-se cuidar para que os fiéis não assistam às missas rezadas “como estranhos ou mudos expectadores” (Constituição Apostólica Divini cultus), mas que tenham aquela participação requerida por tão grande mistério, e que traz riquíssimos frutos.

O primeiro modo com o qual os fiéis podem participar da Missa rezada dá-se quando, cada um, por própria indústria, participa internamente, ou seja, com atenção às partes principais da Missa, ou externamente, segundo costumes aprovados das diversas regiões.

 

São principalmente dignos de louvor os que, com um pequeno livreto adaptado à sua capacidade, rezam com o sacerdote as mesmas orações da Igreja (antigamente, livros como o Adoremos cumpriam essa função). Como, porém, nem todos os fiéis são igualmente idôneos para entender os ritos e fórmulas litúrgicas, estes podem participar de um modo mais apto e fácil, ou seja, “meditando piamente nos mistérios de Jesus Cristo, ou fazendo exercícios de piedade e orações que, embora difiram da forma dos ritos sagrados, pela sua natureza a eles convém (Mediator Dei).

O segundo modo de participação dá-se quando os fiéis participam da Santa Missa com orações comuns e cânticos. Deve-se cuidar para que tais orações e cânticos estejam de acordo com as diversas partes da Missa.

O terceiro modo de participação e o mais perfeito de todos, dá-se quando os fiéis respondem liturgicamente ao celebrante, como que dialogando com ele e rezando em voz alta as partes que lhes são próprias. Esta participação plena se distingue em quatro graus: